top of page

Cadernos de apoio

Prof. Ms. Fernando Bruno Antonelli Molina Benites

No decorrer de meu curso de Mestrado em Ensino de Ciências Humanas na UTFPR, deparei-me com a necessidade de criar um produto educacional que auxiliasse a prática de ensino e a promoção da aprendizagem em minha principal área de atuação: a Língua Inglesa.

Apaixonado por Literatura e Artes, crítico da abordagem instrumental proposta para as aulas de línguas estrangeiras e desapontado com a praticamente absoluta ausência de textos literários nos materiais didáticos que conheço, trabalho e já trabalhei, cheguei, juntamente a meu orientador Prof. Dr. Mauricio Cesar Menon, aos cadernos de apoio.

Com eles, pretendemos perfazer parte do percurso do conteúdo de Língua Inglesa no Ensino Médio, utilizando para isso  textos literários que nos servirão de base para promover o ensino dos tópicos necessários, as discussões pertinentes, os diálogos com outras obras e com nossa realidade, fomentando assim o gosto pela leitura literária em nossos alunos.

Inspirados nas sequências didáticas de Rildo Cosson (vide Metodologia e estrutura), propomos, para todas as aulas, diferentes momentos em que o texto literário estará sempre em primeiro plano. Nosso trabalho é fruto de longas e aprofundadas pesquisas, nas quais vasculhamos a história do ensino das línguas estrangeiras no Brasil e buscamos evidências que destacassem a proficiência da leitura a partir dos clássicos da Literatura; por fim, recorremos ao currículo de escolas norte-americanas, inglesas e canadenses que comprovassem que o ensino significativo da língua deve ocorrer juntamente ao da leitura literária.

Neste site, compartilho o resultado final do trabalho e as experiências vividas. Aqui, vocês encontrarão os planos de aulas para uso dos alunos e professores, além de um espaço para contato, onde poderão compartilhar novas ideias, tirar suas dúvidas e relatar suas aulas.  Espero que aproveitem, usem e divulguem! 

A literatura assume muitos saberes. [...]Se, por não sei que excesso de socialismo ou de barbárie, todas as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto uma, é a disciplina literária que deveria ser salva, pois todas as ciências estão presentes no monumento literário. A literatura faz girar os saberes, não fixa, não fetichiza nenhum deles; ela lhes dá um lugar indireto, e esse indireto é precioso. Por um lado, ele permite designar saberes possíveis – insuspeitos, irrealizados: a literatura trabalha nos interstícios da ciência: está sempre atrasada ou adiantada com relação a esta [...] A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa. Por outro lado, o saber que ela mobiliza nunca é inteiro nem derradeiro; a literatura não diz que sabe alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa; ou melhor: que ela sabe algo das coisas - Roland Barthes

bottom of page